papel higieniko...mais uma bex...

E prontos. Alguma vez tinha de acontecer. Tenho papel higiéniko preto na minha casa-de-banho.

Eu tenho de admitir aki k sou um fã – poxivelmente um fetichista – do papel higiénico (alguns d vcs perceberao k e a minha segunda eskolha a seguir ao Noddy). É uma das grandes invenções da História, e a xua própria História, a História do Papel Higiénico, está rexeada de pormenores fascinantes e k já mereciam ser relatados com a seriedade que merecem, possivelmente num grande livro de capa dura profundamente ilustrado. Ou numa grande série da BBC (ja n digo na tvi, essa grande instituiçao da televisao portuguesa). As vexes parece-m que as pssoas não têm suficiente respeito por esta coisa tão necessária e sem a qual nenhum de nós consegue viver.O papel higiéniko nasceu na China do sec. XIV (ou por volta disso, a enciklopedia ta mt longe pa konfirmar). Ora sendo que o papel normal existe há mais tempo do que isso, e partindo do princípio que uma pessoa tem mesmo de se limpar, o k m inquieta é pensar quantas grandes obras da História da Humanidade não foram destruídas por causa da falta de papel higiénico. Imaginem quantos maravilhosos papiros egípcios, cheios de hieróglifos; imaginem quantas iluminuras; quantas pinturas não foram, em desespero de causa, completamente destruídas? Porque uma pessoa nem sempre teria relva à mão.Um dos momentos mais fascinantes da História pré-Papel Higiénico é a criação, na corte dum rei de Inglaterra, do cargo de “Groom of the Stool”. Este nome pomposo, que significa mais ou menos “O Limpador da Latrina”, era o homem que era escolhido pelo rei para limpar o real traseiro de Sua Majestade após cada ida à casa-de-banho. Como é que eles limpavam? Dizem as enciclopédias que o faziam com a mão. Com a mão, senhoras e senhores – naquele que era, na altura, um dos cargos mais respeitados, ambicionados e invejados. A escolha do “Groom of the Stool” era criteriosa, porque este limpador do rabo monarca tinha, por vezes, uma extrema influência sobre o rei e podia ser um dos seus mais dedicados conselheiros, ou não ficasse ele, mais do que qualquer pessoa, sozinho várias vezes com Sua Majestade. Pessoas quase que se matavam para ter esta profissão. Era uma honra. Como é que estes tipos voltavam para casa ao fim do dia?“Querida, cheguei!”“Ah, então como é que foi o teu dia?”“Eh. O costume. Limpei o rabo ao rei e aconselhei-o a cortar a cabeça à mulher.”“Hum. OK. Então vem jantar. MAS POR AMOR DE DEUS, LAVA AS MÃOS!”Enfim, acho que há maneiras mais interessantes de se ser conselheiro do rei. E, pelos vistos, o Rei que sucedeu a este também, porque uma das primeiras medidas que ele tomou assim que chegou ao trono, foi acabar com o cargo de limpador de rabo. Não deve ter sido fácil para o tipo que tinha esse cargo, na altura. Ele aparecer junto ao rei de mão estendida… Possivelmente, cortaram-lhe a mão. Aquela malta era muito dada a cortar coisas. Ao longo dos tempos, o papel higiénico foi evoluindo. Primeiro foi o papel absorvente. Depois o papel de folha dupla. Depois o papel humedecido. Agora surge o papel higiénico preto. Ainda me lembro quando li pela primeira vez uma notícia sobre ele. A grande questão que se coloca é esta: estará o papel higiénico preto à altura de todo o sururu que se criou à volta dele?A resposta, meus amigos, infelizmente, é – não. Ou seja – a última grande invenção em termos de papel higiénico continua a ser o papel higiénico humedecido. Isso sim. Isso é uma das maiores criações do espírito humano. Já sobre o papel higiénico preto posso dizer, agora que o experimentei, que nada traz de novo em relação a papel higiénico de outra cor. A única coisa que traz de novo são os olhares desconfiados das pessoas que nos vêem, no supermercado, pegar numa embalagem. O tipo de olhar que diz “DEVES ACHAR QUE ÉS MUITO BOM”. E eu acho que, em última análise, é mesmo isso que o papel higiénico preto significa. Eu acho que muita gente é capaz de usar como desculpa que como decoração fica muito giro – mas alguém que aposta num rolo de papel higiénico para melhorar o aspecto da sua casa-de-banho, eu acho que nunca poderá ser um decorador muito credível.É que se excluirmos a cor preta, este papel higiénico é rigorosamente igual aos outros – apenas mais pretensioso. O pretensiosismo chegou ao papel que nos limpa o rabo. OK que é suave, OK que é fofinho – mas é arrogante. O raio do papel higiénico preto é arrogante. É um papel que se tivesse nariz, teria o nariz empinado – o que não daria jeito nenhum, tendo em conta o uso que se dá a este papel. Algumas pessoas talvez não desgotassem.O papel higiénico preto é o tipo de papel higiénico que se acha bom demais para certos rabos – esquecendo-se que se há momento em que toda a Humanidade é rigorosamente igual, sejamos nós ricos, pobres, famosos, anónimos, jet-set ou pessoal das barracas. Todos nós, a dada altura do dia, temos de baixar as calças (ou levantar as saias, dependendo da pessoa), sentar e expelir o que todos temos de igual cá dentro, independentemente de ter sido, horas antes, “nouvelle cuisine”, carapaus fritos, ou um MacMenu. Para mim, o futuro do papel higiénico passa pela impressão de grandes obras da literatura em rolos de papel. Era da maneira que o povo português começava a ler. Porque todos temos de ir à casa-de-banho, todos temos de nos limpar, o ser humano está condicionado a ler quando está a fazer isso e mais vale que haja coisas escritas nos rolos. Editem os livros em formato normal, e-book, audiobook e papel higiénico. E o mundo será um lugar melhor.

despeço-me por agr... i lembrem-se...kuidado kom os olhares na kompra do papel higieniko...ja s perderam mts amizades...